Em comemoração ao Dia dos Povos Indígenas, o vereador Almir do Gás (PSDB) promoveu uma sessão solene na noite de terça-feira (25/04), no Plenário Tereza Delta. “Estou muito grato em presidir uma cerimônia com uma temática tão relevante e atual. Será a primeira de muitas para honrar comunidades tão ricas e diferentes entre si. É muito importante falar sobre os indígenas do nosso município. Muita gente sequer sabe que existem aldeias na região pós-balsa. Para mim, esta também é uma oportunidade de conhecer e aprender mais sobre a cultura dessas populações”, afirmou o parlamentar na tribuna.
Ele informou ainda que está em andamento uma mudança na Resolução nº 2.118/2003, que instituiu a solenidade, em adequação à Lei Federal nº 14.402/2022. Tradicionalmente comemorado em 19 de abril, o “Dia do Índio” passou a ser chamado oficialmente de “Dia dos Povos Indígenas”.
A alteração tem o objetivo de evidenciar a pluralidade cultural e étnica dos povos originários, destacando que cada um tem sua própria história, tradição e modo de vida. Além disso, enfatiza que essas comunidades são compostas por indivíduos distintos e autônomos, com identidade própria.
Para os especialistas, o termo “indígena”, que significa “originário”, ou “nativo de um local específico” é uma forma mais precisa para se referir aos diversos povos que, desde antes da colonização, vivem nas terras que hoje formam o Brasil; enquanto a palavra “índio” adquiriu, com o tempo, um caráter pejorativo e genérico, reforçando preconceitos e discriminações.
Na semana passada, a Prefeitura lançou um programa para implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) nos territórios indígenas da cidade. Com recuperação da vegetação local, o projeto, desenvolvido pela Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal, trata de investimento na produção de alimentos de forma sustentável nas comunidades de povos originários. A medida envolve o valor total de R$ 452 mil, englobando o prazo de até 60 meses de implementação.
Atualmente, existem três aldeias em São Bernardo do Campo: Guyrapaju, Kuaray Rexakã e Nhamandú-Mirim na Terra Indígena Tenondé Porã, localizadas na região pós-balsa, no Bairro Curucutu, onde vivem mais de 1.500 pessoas.
Convidados
As seguintes personalidades e autoridades compuseram a mesa de honra:
Marcia Ribeiro Pataxó, pedagoga, líder dos povos indígenas no contexto urbano da Família Pataxó Hã-Hã-Hãe de São Bernardo do Campo;
Jaqueline Haynã, vice-diretora da Escola Municipal de Ribeirão Pires, membro do Conselho de Igualdade Racial de Ribeirão Pires, escritora e cacica da Família Pataxó Hã-Hã-Hãe de Ribeirão Pires;
Mestre Pelé, professor de Educação Física, mestre de capoeira, secretário do Conselho de Igualdade Racial de Ribeirão Pires;
Silvia Muiramomi, socióloga, ativista do Movimento Indígena do ABC, integrante do Povo Guayana-Muiramomi do Território de Ca’águassu;
Joice Almeida do Nascimento dos Santos, pertencente aos povos indígenas no contexto urbano da Família Pataxó Hã-Hã-Hãe de São Bernardo do Campo;
Núbia Ribeiro dos Santos Pataxó, pertencente aos povos indígenas no contexto urbano da Família Pataxó Hã-Hã-Hãe de São Bernardo do Campo;
Eurides Maria da Silva Pataxó, baiana da cidade de Nova Canaã, pertencente à Família Pataxó Hã-Hã-Hãe;
Elson Mirin, cacique da aldeia Guyrapaju, e Nívia Pankararu, líder da Juventude Indígena.
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