abreEvento coordenado pelo vereador Mauro Miaguti teve o objetivo de conscientizar a sociedade sobre o seu poder de transformação a partir da união. Foto: Oscar Jupiraci.

Na noite da última quinta-feira (31/10), o Plenário Tereza Delta foi palco de solenidade com o tema “Empreendedorismo e Responsabilidade Social”. O evento foi presidido pelo vereador Mauro Miaguti (DEM) e realizado nos termos das Resoluções n° 2.472, de 13 de maio de 2010 e n° 3.091, de 9 de fevereiro de 2017, ambas de autoria do vereador.

Compuseram a mesa de honra: vereador Mauro Miaguti; Claudio Barberini Junior, diretor titular do CIESP SBC; Jorge Alberto Corso, vice-diretor do CIESP SBC; Vitor Seravalli, sócio/diretor da Seravalli Consulting e membro do Conselho de Administração da Fundação Abrinq; Sergio Loyola, gerente de desenvolvimento e promoção social da Fundação Salvador Arena; Rafael Viñas, gerente da Fundação Espaço Eco; Pedro Cia Junior, presidente da ACISA (Associação Comercial e Industrial de Santo André); Fábio Brigidio, diretor do Setrans (Sindicato de Transportes de Carga do Estado de São Paulo); Marcus Santaguita, presidente da Acigabc (Associação das Construtoras, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC); Sheik Jihad Hammadeh, presidente do centro Árabe-Latino de Cultura e Estudos Estratégicos, presidente do ICP (Instituto Cinco Pilares), vice-presidente da União Nacional das Entidades Islâmicas e membro do Conselho Superior dos Teólogos e Assuntos Islâmicos do Brasil e Valter Moura Júnior, diretor do Departamento de Empreendedorismo, Trabalho e Renda, representando o Poder Executivo.

Em seu pronunciamento, Mauro abordou o momento triste que vive o município com o recente fechamento da fábrica da Ford. “O ambiente no Brasil, infelizmente, não é o de incentivo ao empreendedorismo. Ser empreendedor no Brasil é ser herói. Mas é na crise que nós temos que enxergar as oportunidades. Com o recente fechamento da fábrica da Ford, esse ciclo que se encerra deve ser visto como uma oportunidade de nós nos reinventarmos. Levar isso como um ponto de partida e não como um ponto final, pois como disse o próprio Henry Ford: ‘o passado serve para evidenciar as nossas falhas e darmos indicações para o progresso do futuro’. E a pergunta que eu faço é: qual é o nosso futuro? A era marcada pelo fordismo, que significava produção em massa, mudou”, ressaltou o parlamentar.

As pessoas hoje querem exclusividade, querem ter atendimento exclusivo, querem produtos exclusivos e querem se sentir exclusivas. O mundo está se transformando de uma maneira muito rápida. Os jovens de hoje têm um perfil diferente da geração de seus pais. “Nós temos uma responsabilidade muito grande em preparar um ambiente melhor para esses jovens. Hoje, a maioria deles tem o sonho de estudar fora. Agora, por que não existem jovens do mundo querendo vir estudar no Brasil? Porque nós não temos nada que os atraia. Uma coisa é certa: eles não vão ser atraídos por essas funções/cargos/empregos que a Ford tinha ao fechar a fábrica ontem. Trazer uma nova empresa igual, não vai atraí-los. Precisamos gerar cargos e profissões que agreguem mais valor. Eu acredito muito que a nossa cidade tem potencial para voltar a ser protagonista do nosso país como foi no início da década de 1960 com a chegada das montadoras de automóveis aqui. Resta-nos mudar nossa cultura, achar o nosso foco, a nossa vocação, incentivar a criação de talentos e principalmente investir em inovação”, comentou Mauro.

discurso mauro“O evento de hoje é para chamar a atenção da importância de incentivar o empreendedor: aquele que abre um negócio, que gera emprego, gera renda, paga os impostos e também é responsável socialmente”, destacou o vereador. Foto: Oscar Jupiraci.

Inovação não tem a ver apenas com tecnologia, tem a ver com comportamento e cultura. “Esse prêmio de hoje é para pessoas que arregaçam as mangas e fazem a diferença na vida de várias pessoas. Elas mudam o cenário e transformam o ambiente. Simplesmente geram resultado e não vivem reclamando. São empresas, ONGs, entidades, grupo de amigos que não estão esperando a solução vir de fora; eles nos mostram que é possível fazer e transformar com muito pouco. São os verdadeiros protagonistas na noite de hoje. Esse evento é para inspirar cada um de nós”, evidenciou o vereador.

Ao contrário de uma empresa que tem sucesso em sua tarefa quando o cliente está satisfeito, as instituições beneficentes não fornecem bens ou serviços, nem os controla. Seu produto não é um bem durável ou um regulamento eficaz. Seu produto é um ser humano mudado. As instituições beneficentes são, portanto, agentes de mudança humana. Seu produto é paciente curado, uma criança que aprende, um jovem que se transforma em adulto com respeito próprio, um ex-detento que tem uma nova oportunidade, isto é, toda uma vida transformada.

De acordo com o Instituto Ethos de Responsabilidade Social, responsabilidade social empresarial é: “a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais”. 

No primeiro momento do evento, Sergio Loyola e Rafael Viñas apresentaram os trabalhos realizados pela Fundação Salvador Arena e a Fundação Espaço Eco, com foco na educação e sustentabilidade.

A Fundação Salvador Arena foi criada pelo empreendedor social Salvador Arena e atua há 55 anos nas áreas de educação, assistência social, saúde e habitação popular.

A Fundação Espaço Eco foi instituída pela Basf em 2005 como uma organização sem fins lucrativos, com a missão de “promover o desenvolvimento sustentável no ambiente empresarial e na sociedade”.

mosaicoSergio Loyola (à esquerda) e Rafael Viñas (à direita) contaram um pouco sobre as fundações, seus resultados e impactos e ao final também receberam o prêmio “Gente que Faz”. Fotos: Oscar Jupiraci.

Num segundo momento da sessão solene, foram homenageados projetos sociais, com o prêmio “Gente que Faz”, focados na inclusão social, diminuição das desigualdades, valorização da educação, apoio ao empre­endedor e na capacitação profissional. O objetivo do prêmio é valorizar o Terceiro Setor e projetos de vertente empreendedora.

homenageadosTodos os homenageados da noite posam para a foto oficial. Foto: Oscar Jupiraci.

Projetos homenageados

- Amigos para o Bem

- ONG Apinan – Associação Protetora de Indígenas e animais

- RAE – Reparadores Automotivos Especializados

- Movimento Brasil por um Pintor Melhor

- Instituto Paulo Kobayashi e JCI (aulas de inclusão digital de idosos em SBC)

- Balsear e Colônia dos Pescadores Orlando Feliciano

- Centro Social Maximiliano Kolbe

- Aldeias Infantis SOS - Creche Hermann Gmeiner

- Instituto Cativar

- Comunidade de Amparo Social Asilar

- Casa Ronald Mc Donald ABC

- Era uma vez, cabelos mágicos