Na noite de 31 de outubro, o vereador Mauro Miaguti (DEM) foi responsável por presidir uma solenidade em comemoração ao “Dia do Empreendedor”.
Joseph A. Schumpeter, um economista austríaco, foi um dos primeiros a fazer uso da palavra “empreendedor”, a quem ele definia como sendo um agente do processo de destruição criativa. Este, de acordo com Schumpeter, seria inerente ao sistema capitalista, baseando-se no fato de que é necessário se desprender daquilo que é velho para serem desenvolvidos novos produtos, mercados e métodos de produção.
Mauro Miaguti abriu a sessão solene e, relembrando ações da Organização das Nações Unidas (ONU) em prol do empreendedorismo, destacou a importância do empreendedor para o progresso da sociedade: “alguns anos atrás descobri que a ONU estava elaborando ações que incentivavam o empreendedorismo no Brasil e em diversos outros locais em desenvolvimento e subdesenvolvidos por acreditar que a evolução de um país se dá por meio da geração de empregos e renda”.
Apesar de afirmar que “os empreendedores são essenciais à geração de empregos mesmo não estando necessariamente dentro das empresas”, o parlamentar trouxe à voga as dificuldades enfrentadas por essas pessoas no Brasil: “não há um ambiente favorável ao surgimento de novos empreendimentos em nosso país, pois há, dentre tantas outras coisas, um excesso de burocracia”.
Seguindo a mesma linha, Luiz Henrique Watanabe, assessor da Secretaria de Assuntos Jurídicos de São Bernardo do Campo e representante do prefeito Orlando Morando no evento, afirmou que o empreendedor brasileiro “empreende dor, pois se depara diariamente com desafios, como, por exemplo, a alta carga tributária do país”. Contudo, ressaltou que a prefeitura está visando diminuir tais desafios por meio de projetos como o “Programa de Regularização Tributária”.
Dentre os homenageados da noite pode-se citar Antonio Veiga, descendente de portugueses e empreendedor social. Em 1999, desenvolveu o projeto “Adote um Cidadão”, que tem por objetivo conscientizar as pessoas de seu papel em processos de inclusão, integração e desenvolvimento da sociedade e qualificá-las a fim de torná-las igualitariamente competitivas e efetivas no mercado de trabalho.
Antonio explica que o projeto - “um empreendimento social, pois não recebe investimentos empresariais ou governamentais” - surgiu da ideia de um colega de trabalho que sugeriu a ele o fornecimento de bolsas de estudo a deficientes: “começamos com dez bolsas em agosto de 1999, no ano seguinte já eram cem e, em 18 anos, alcançamos a marca de quatro mil bolsas concedidas. […] Além das bolsas, também desenvolvemos passeios com deficientes, levando-os para fazer pizza, surfar e andar de patins para que consigamos atingir a igualdade entre as pessoas”. O homenageado finalizou afirmando que desde o início do projeto teve como principal objetivo “ajudar o próximo” e convidando todos os presentes a fazerem o mesmo.
Além de Antonio Veiga, receberam honrarias: Cláudio Borelli, Fauze Jarrouche Orra, Fioravante Morassi, José Américo Pereira, Márcio Miotto, Marcus Santaguita, Roberta Romão da Costa Pereira e Takaaki Kobashi.
Compuseram a Mesa de Honra da solenidade junto a Mauro Miaguti e Luiz Henrique Watanabe, os senhores Cláudio Barberini Júnior (vice-diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo em São Bernardo do Campo), Jihad Hammadeh (representando a comunidade islâmica), Jurandir Santos (gerente do SENAC São Bernardo do Campo), Paulo Cereda (gerente do SEBRAE São Carlos), Fábio Brigidio (diretor do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado de São Paulo), Mário Chechi (diretor administrativo da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradores do Grande ABC), Roberto Moreira (presidente do Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC) e Sérgio Moretti (diretor do SESI de São Bernardo do Campo).
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