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ss batistini capaA partir da esquerda: o vereador Jorge Araújo, a sra. Emília Batistini Marson, uma das homenageadas da noite, e o prefeito Orlando Morando. Foto: Oscar Jupiraci

A cerimônia, realizada na noite de sexta-feira (07/07), no Plenário Tereza Delta, lembrou a chegada ao Brasil, em meados de 1887, dos primeiros integrantes da família italiana que deu nome à região. Iniciativa do vereador Jorge Araújo (PHS), a solenidade contou com a presença do Prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando.

Em seu pronunciamento, Morando relatou memórias afetivas do lugar. “Nasci e cresci no Batistini. Fui batizado e crismado pelo padre José Aguirre. Estudei na Escola Estadual Dr. Mathias Octavio Roxo Nobre. Meu pai trabalhou na Olaria Vinturini. No Batistini, ele abriu seu primeiro barzinho, armazém, supermercado. Devemos tudo a este bairro, que nos permitiu prosperar. Minha alegria é ainda maior pela homenagem prestada à minha avó, Emília Batistini Marson. Atualmente com 96 anos, a ‘Noninha’, como carinhosamente a chamamos, foi uma das fundadoras do bairro, ao lado de outras famílias”, salientou.

Ele ainda reiterou o compromisso da Prefeitura com a restauração de bens históricos e culturais do município. “Esta sessão, que resgata uma parte da memória da cidade, vem de encontro ao nosso trabalho de recuperação de patrimônios tombados, que inclui a reforma da Praça Lauro Gomes através de uma parceria com uma empresa privada. Rescindimos o contrato de concessão dos Estúdios Vera Cruz, acordo que não trazia nenhuma vantagem para São Bernardo, e tentaremos trazer de volta a indústria do cinema”, anunciou Morando.

ss batistini araujoO vereador Jorge Araújo, presidente da Comissão Organizadora, discursa na tribuna. Foto: Oscar Jupiraci

O vereador Jorge Araújo contou um pouco da história do lugar, que teve início com a fundação da Capela de Santo Antônio, em 1887. “Cinco famílias foram protagonistas: Batistini, Marcussi, Marson, Morassi e Vinturini. Eles deixaram sua terra natal, embarcaram em navios rumo a um país distante, sem garantia de futuro certo, para trabalhar na lavoura. Com muito sacrifício, levaram o pequeno bairro a um grande crescimento. Hoje, o Batistini não tem apenas feições italianas, pois fraternizou-se com outros povos, raças e nações. Foi com muita alegria que propus esta sessão, uma demonstração de apreço e consideração, preparada para cada um que aqui está, que, de alguma forma, ajudou na construção do bairro”.

Ao lado dele e de sua esposa, Cláudia Rodrigues, ocuparam lugares de destaque na mesa de honra: o prefeito do município de São Bernardo do Campo, Orlando Morando; o jornalista e historiador Ademir Médici; o representante das famílias homenageadas, Alexandre Vinturini e o presidente da Empresa de Transportes Coletivos de São Bernardo do Campo (ETCSBC) e do Partido Humanista da Solidariedade (PHS), Ademir Silvestre.

Várias personalidades receberam homenagens no decorrer da cerimônia. A senhora Emília Batistini Marson - moradora do bairro e avó do prefeito Orlando Morando - e representantes das famílias fundadoras foram contemplados com a “Medalha João Ramalho”, a mais alta honraria outorgada pelo Legislativo, pelos relevantes serviços prestados à comunidade. Integrantes da sociedade civil, que contribuíram para o desenvolvimento do bairro, ganharam diplomas de menção honrosa.

As atrações artísticas foram um destaque à parte. A sra. Maria de Lourdes, sobrinha-neta do maestro João Gomes, compositor da melodia do Hino do município, interpretou a canção no início do evento. Aludindo aos antigos colonizadores, Thiago Batistini tocou a música “Tormento d´amore” na flauta.  Já o casal formado pela professora Viviane Donassan e André Silva apresentou um número de dança ao som de um boleto italiano.

ss batistini homenagensOs homenageados da sessão solene posam para foto com o vereador Jorge Araújo. Foto: Oscar Jupiraci

 

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