Na noite da última quinta-feira (07/03), foi realizada no Plenário Tereza Delta da Câmara Municipal sessão solene de outorga da Medalha João Ramalho à Casa Ronald McDonald ABC, Casa de Apoio a Crianças com Câncer no ABC. A iniciativa foi do vereador Ary de Oliveira (PSDB) e realizada nos termos do Decreto Legislativo n° 1.809, de 16 de fevereiro de 2024, de autoria do vereador.
A Casa de Apoio a Crianças com Câncer do ABC - Casa Ronald McDonald ABC tem o objetivo de contribuir para amenizar, na medida do possível, a batalha de enfrentamento do diagnóstico pelas crianças de nossa região e também de sua família. Busca ser uma "casa longe de casa", oferecendo apoio integral às crianças e aos adolescentes acometidos pelo câncer e que realizam o tratamento nos hospitais da Grande São Paulo, acompanhados de suas famílias.
Fizeram parte da mesa de honra, além do vereador Ary de Oliveira, presidente da comissão organizadora:
- SR. Nelson Tadeu Pasotti Pereira - Presidente do Conselho Deliberativo
- Sr. Marcelo Lima
- Sra. Leila Lopes, Diretora da Casa de Apoio a Criança com Câncer Ronald McDonald ABC
- Sra. Greici Picolo Morselli, Presidente do Fundo Social de Solidariedade de São Bernardo do campo, representando prefeito Orlando Morando
- SR. Chico Neves, Superintendente do Instituto Ronald McDonald
- Ricardo Ferrari, representando Carla Sardano Morando, Deputada estadual de São Paulo
- SR. Carlos Eduardo Marchi (Kadu) - Governador Assistente do Distrito 4420 do Rotary Club
- Sr. Fabio Lopes, Diretor Técnico - Diretoria Regional de Assistência e Desenvolvimento Social SP – ABC
“É uma satisfação e uma alegria recebe-los aqui hoje nesta Casa de Leis. A Medalha João Ramalho é concedida a pessoas físicas e jurídicas que realmente prestam serviço que tem grande relevância e que se destaca na prestação do bem estar da comunidade. E eu constatei que a Casa Ronald McDonald presta relevantes serviços para os munícipes do grande ABC e trazem muitos benefícios para nossa comunidade. Sua atuação é de grande valia, pois ela cuida das crianças e jovens portadores dessa doença”, destacou Ary em seu pronunciamento.
Sobre a entidade
O câncer infantojuvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Diferentemente do câncer do adulto, o câncer infantojuvenil geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Por serem predominantemente de natureza embrionária, tumores na criança e no adolescente são constituídos de células indiferenciadas, o que, geralmente, proporciona melhor resposta aos tratamentos atuais.
Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), os que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático).
Também acometem crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que originam os ovários e os testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumor de partes moles).
Assim como nos países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doenças entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos.
Nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi significativo. Hoje, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos da doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles terá boa qualidade de vida após tratamento adequado.
De acordo com a coordenadora de oncologia e hematologia do Hospital da Criança José de Alencar de Brasília (DF), Dra. Isis Magalhães, o diagnóstico precoce já é importante quando se trata de um adulto, mas é crucial quando o paciente é uma criança. "A nossa principal ação médica é diagnosticar precocemente. Para isso, a gente depende do médico pediatra geral que vai estar com a criança regularmente. Também nós dependemos da conscientização desses médicos de entrar no diagnóstico diferencial. De investigar a possibilidade de câncer", alerta.
Leucemia, tumores no sistema nervoso central e linfomas são os tipos de cânceres infantis mais comuns. Esses e os demais tumores que aparecem nas crianças têm uma característica em comum: não são tão previsíveis como os cânceres mais frequentes em adultos, a exemplo do câncer de pulmão que, na maior parte dos casos, surge em decorrência do tabagismo.
Outros problemas ocorrem durante o tratamento. "Nossa causa maior de mortalidade é de fato as infecções oportunistas decorrentes da doença e do tratamento", explica a médica Isis Magalhães. Atualmente, a arma mais importante contra o câncer infantil é a quimioterapia. Aliás, as crianças respondem melhor a este processo do que os adultos. Acontece que tal tratamento tem efeitos negativos que precisam ser acompanhados quando o câncer é vencido. Diminuir essas complicações tóxicas também é um desafio para a medicina.
Além de todos os recursos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) para o combate ao câncer infantil, o Ministério da Saúde ressalta que é preciso humanizar ao máximo o atendimento. "Os pais nunca estão preparados. Ninguém nunca encara bem essa sensação de possiblidade de perda. É uma coisa inconcebível", lembra a oncologista Isis.
Desta forma, a Casa de Apoio a Crianças com Câncer do ABC - Casa Ronald McDonald ABC, objetivando contribuir para amenizar, na medida do possível, a batalha de enfrentamento do diagnóstico pelas crianças de nossa região e também de sua família, busca ser uma "casa longe de casa", oferecendo apoio integral às crianças e aos adolescentes acometidos pelo câncer e que realizam o tratamento nos hospitais da Grande São Paulo, acompanhados de suas famílias.
A estrutura organizacional da entidade é composta por quatro órgãos: Assembleia Geral, Conselho Fiscal, Conselho Deliberativo e Diretoria, sendo que todos os seus integrantes são voluntários.
Em agosto de 1998, a Casa de Apoio a Crianças com Câncer do ABC (denominada até então como Associação Projeto Crescer do ABC), juntamente com o Rotary Club de Santo André e a Associação de Senhoras do Rotary Club de Santo André, realizaram a primeira "Campanha do McDia Feliz", na cidade de Santo André.
Na ocasião, cinco restaurantes do McDonald`s foram destinados para a efetivação da campanha, objetivando a exploração do espaço comercial, venda de camisetas e a venda de Big Macs.
A arrecadação da campanha foi de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) e, a partir daí, firmou-se o primeiro convênio com a ação ABC, por meio do qual a Casa de Apoio a Crianças com Câncer do ABC arcaria com 50% da estrutura da construção da edificação que abrigaria o futuro Instituto de Oncologia do ABC, da Faculdade de Medicina do ABC.
Em agosto de 1999, durante a segunda campanha, as entidades citadas anteriormente se mobilizaram novamente com o Rotary Club de Santo André, cuja Presidência era exercida pelo Sr. Fernando Luís de Souza Assis: a Associação de Senhoras, sob a Presidência da Sra. Marli Alcântara Pereira, e a Casa de Apoio a Crianças com Câncer do ABC, sob a Presidência do Sr. José Cláudio Poletto.
O McDonald`s, satisfeito com a campanha realizada no ano anterior e sentindo o entusiasmo que a comunidade demonstrava com o evento, confiou à Casa de Apoio a Crianças com Câncer do ABC todos os 81 (oitenta e um) restaurantes do Grande ABC para a campanha. Assim, sob a coordenação do Sr. Jayme Marques Filho, a campanha arrecadou R$ 321.000,00 (trezentos e vinte e um mil reais). Foi, então, que a entidade homenageada firmou o segundo e o terceiro convênios com a Fundação ABC.
Nessa segunda campanha, a Casa de Apoio a Crianças com Câncer do ABC passou a receber o apoio de outras entidades da região, como a AVCC (Associação de Voluntários para o Combate ao Câncer do ABC), sob a Presidência da Sra. Valdinéia Tereza Bastos Cavalaro, e dos Rotary Clubes de Diadema e de São Caetano. Os convênios formados entre a CAAC-ABC e a Fundação ABC previram a alocação de recursos da segunda campanha para a continuidade da construção civil do edifício que abrigaria o Instituto de Oncologia do ABC em todos os acabamentos previstos.
Atualmente, em toda a região, a Casa de Apoio a Crianças com Câncer do ABC realiza campanhas, dentre as quais destacamos: Conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce em qualquer tipo de câncer; Engajamento de órgãos públicos e mobilização da comunidade para a importância do tema, e Engajamento e apoio para a construção de um hospital de referência para o tratamento do câncer infantojuvenil no Grande ABC.
Além disso, caso seja necessário para o auxílio no tratamento do câncer infantojuvenil, a entidade realiza, em suas dependências, atendimento às famílias, oferecendo todo o apoio que sua infraestrutura oferece.
A instituição promove, ainda, a capacitação dos profissionais e estudantes da rede de atendimento à saúde multidisciplinar do Grande ABC, por meio de eventos, simpósios e palestras, que certamente resultam em um atendimento diferenciado às crianças atendidas.
(Com informações do Decreto Legislativo n° 1.809)
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